SEM DIZER ADEUS De Edyr Proença
Sem dizer adeus volta ao Cuíra em agosto
Nunca tive muita simpatia por Magalhães Barata, o famoso militar e político que reinou no Pará durante grande parte do século XX. A implicância, inicialmente, talvez tenha a ver com minha mãe sempre lembrando da perseguição que um tio meu havia sofrido. Ela própria, em performance maravilhosa, conta de um enfrentamento que teria tido com o caudilho, na escola onde lecionava. Ainda hoje é difícil falar sobre Barata sem esbarrar em alguma pessoa, de mais idade, que também tenha algo a contar. Meu tio Líbero Luxardo lhe foi muito próximo, seja na política, secretariando ou como documentarista. Barata não era muito simpático. Baixinho, aborrecido, disparando ordens a torto e a direito, ameaçando, ouvindo, pisando forte, enérgico. Quase todos garantem que foi um homem honesto, mas que não reprimia como devia, atos escusos de companheiros. E não é impressionante como essas pessoas acabam envolvendo milhares de outras que passam a dar o sangue, entregando suas vidas, passando a transformar seus objetivos em seus! E de ato pensado ou não, esses líderes sabem usar as palavras corretas, engolfando multidões. Não querem saber se seus seguidores serão prejudicado. Nem pensam. Para eles, é natural. Sinto isso em relação a Barata e a muitos outros. Texto de Edyr Proença sobre a peça de sua autoria, Sem Dizer Adeus,
que volta a estar em cartaz todo o final de semana do mês de agosto.
Para ler o texto completo:
que volta a estar em cartaz todo o final de semana do mês de agosto.
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